Justiçaram o Malhães

Paulo Malhães morava com a família na zona rural de Nova Iguaçu (RJ). Na noite de quinta-feira passada (24/04), sua casa foi invadida por 3 homens que o mataram por asfixia. 
Malhães, 76 anos, era ex-agente do CIE (Centro de Informações do Exército).
Foi um torturador feroz, atuou na Casa da Morte de Petrópolis e de lá, dificilmente alguém escapava com vida.  A Inês Etienne, torturada por 6 meses, é a única sobrevivente.
Diante da Comissão Nacional da Verdade, num depoimento exibicionista, Malhães abriu o jogo:  
"Como faço com tudo na vida, eu dei o melhor de mim naquela função."
Disse que torturou "uma quantidade razoável" de pessoas e admitiu ter trabalhado na mutilação de corpos para impedir a identificação. Vale dizer que como naquela época não existia o exame de DNA, a identificação se baseava, principalmente, nas digitais e na arcada dentária. Em função disso, Malhães quebrava os dentes dos cadáveres e cortava o topo dos dedos. "Eu cumpri o meu dever. Não me arrependo".
O canalha agora está morto. Já vai muito tarde.

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