Amor

Assisti ontem um grande filme. "Amor".
Palma de Ouro em Cannes em 2012, foi dirigido pelo Michael Haneke, o mesmo de "O Castelo", baseado no livro homônimo de Kafka.
Emanuelle Riva, de "Hiroshima, meu amor" e Jean Louis Trintignant, de "E Deus criou a mulher", dois ótimos atores, formam um casal de idosos, pianistas, que moram sozinhos e começam a conviver com problemas de saude.
Ele mostra o que acontece com as pessoas que vão envelhecendo, adoecem, vão perdendo as suas habilidades, suas capacidades e precisam de cuidados especiais. Mostra como é dificil, mesmo quando há amor entre elas, lidar com a situação e com as limitações que a doença impõe ao parceiro.
Tem as cuidadoras, a cadeira de rodas, a comida dada na boca, a fisioterapia, a ajuda para levantar, ir ao banheiro, tomar banho e, enfim, a constatação do fim próximo, e da total incapacidade de continuar a fazer as coisas mais elementares do dia a dia.
Tive contato com esse lado da vida ao acompanhar os últimos meses de vida do meu Pai. De um modo geral, todos nós caminhamos para lá, estamos no mesmo barco, embora algumas pessoas pensem que estão em barcos diferentes, melhores.
A filha do casal, uma chatonilda, fez lembrar minha irmã e suas intervenções brilhantes. " Temos que chamar outro médico", "temos que contratar um enfermeiro", .............
Um grande filme. Nada a ver com esse lixo atualmente produzido lá na América.

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