Foi um negócio sórdido

Quem ainda tinha dúvidas quanto a conveniência de se manter essa disputa por pontos corridos nos próximos campeonatos brasileiros, depois do ocorrido ontem, deve ter tirado todas as dúvidas que ainda restavam.
Com a descoberta, feita através de leitura labial, do que o Julio Batista falou para o Cris e o visível desinteresse demonstrado pelo time do Cruzeiro durante todo o jogo (o Vasco colocou logo 2 a 0 no início), fica claro que essa forma de disputa do campeonato não pode continuar.
Além da desonestidade e do desrespeito aos outros times que lutam junto com o Vasco contra o rebaixamento, uma farsa sórdida como a de ontem invalida qualquer possibilidade de se olhar com alguma seriedade para esse campeonato brasileiro.
Esse ano os problemas inerentes à essa forma de disputa foram realçados. O campeão disparou na frente desde o início e ao final do primeiro turno, já estava claro quem seria o campeão. Os times que disputam a Libertadores colocam o brasileiro em segundo plano, vão para os jogos com times reservas. O mesmo acontece com quem chega nas fases finais da Copa do Brasil ou da Sulameriquinha com alguma chance.
Quem está brigando para não cair pode pegar um adversário que não tem mais nada para fazer no campeonato, não está ameaçado pelo rebaixamento, não tem mais possibilidades de vaga na Libertadores ou já é o campeão antecipado. A coisa fica muito desigual e pode até confundir os estatísticos de plantão. Uma coisa é jogar contra o Cruzeiro campeão, outra muito diferente é pegar aquele time de ontem que deixou a baranga colocar 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Parece piada. A baranga fez um gol ontem com 3 minutos de jogo. Brincadeira.

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