Ecos da derrota
Do blog do Rodrigo Mattos:
"Vice do Fla critica time e vai cobrar cartola do futebol
A derrota para o Bahia por três gols e a posição do Flamengo na zona de rebaixamento do Brasileiro geram cobranças ao departamento de futebol de membros da cúpula do clube. Há um temor de o time ser rebaixado. A insatisfação também se espalhou por conselheiros do clube.
“Os mais preocupados são da própria diretoria [ com a possibilidade de rebaixamento]. O cara às vezes nem é sócio e vem questionar. Não é que precisa mudar [o futebol]. Quem tem que se explicar é o senhor Paulo Pelaipe [diretor de futebol]. Tem que saber porque se investiu em jogadores como o Carlos Eduardo? O Val? Para fazer omelete é preciso ter os ovos. E o Mano não tem os ovos”, disse o vice-presidente rubro-negro, Walter D´Agostino.
Esse sentimento de insatisfação do dirigente com o time rubro-negro é o mesmo de outros conselheiros ouvidos pelo blog. Ele é um dos nomes mais fortes na política do clube, embora não tenha participação direta em todas as decisões da diretoria. Há vários membros da situação, que apoiaram a chapa azul, irritados com o rumo do futebol.
D´Agostino afirmou que haverá cobranças em reuniões do Conselho Diretor e do Conselho Gestor sobre a fase do time. Segundo ele, deve se pensar como uma empresa em que se pede explicações ao diretor que não dá resultados.
Não foi possível para D´Agostino conversar com o vice-presidente de Futebol, Wallim Vasconcelos, porque ele não esteve na última reunião do Conselho Diretor. Está de férias.
O vice-presidente geral poupou o dirigente máximo do futebol: disse que Wallim “sabe o que está fazendo”. Outro que recebeu elogios foi o técnico Mano Menezes. Para ele, o treinador tem feito um bom trabalho e é perceptível que tem dado melhor padrão à equipe. O que lhe faltam são peças na opinião do cartola.
Nem por isso D´Agostino defende que sejam feitos altos investimentos em jogadores. Apoia integralmente a política de contenção de custos no futebol para poder cumprir pagamento de dívidas, e manter os salários em dia. “Fizemos a opção. Investimos em pagar a dívida”, disse ele, que só espera resultados bons em 2014 quando houver mais dinheiro.
As críticas ao time não impedem que o vice do clube ainda acredite em uma recuperação. Afirmou que tem faltado sorte e houve erros de arbitragem contra o Flamengo, diante do Bahia e do Botafogo. Pede até um protestos à CBF.
Entre os conselheiros, os maiores pontos de insatisfação são com o salário de R$ 500 mil do meia Carlos Eduardo e seu baixo rendimento, outras contratações de atletas de baixo nível e uma suposta influência do ex-presidente Kléber Leite no futebol. Essas reclamações se acentuam com a má campanha do time.
Há um sentimento de que dificilmente o Flamengo lutará por algo mais do que fugir do rebaixamento neste ano. “Nosso sonho é não ir para a segunda divisão. Com o orçamento que temos, e os impostos e salários pagos em dia, é o que dá para esse ano”, resumiu D´Agostino."
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