Zé Ricardo
É inegável que o Zé Ricardo conseguiu dar um sentido de grupo, um sentido coletivo ao time do Flamengo. Vem fazendo um bom trabalho.
Todo muito marca, todo mundo ataca e a ocupação dos espaços se dá de forma harmônica. Há muito tempo eu não via isso. Luxemburgo e Muricy, constantemente incensados pela mídia, passaram pelo Flamengo e fizeram trabalhos medíocres. São, na realidade, treinadores ultrapassados, medíocres, que vivem de uma fama obtida no passado.
Não concordo, entretanto, com algumas escolhas do Zé Ricardo. Tenho sempre a impressão que o time escalado não representa o que o Flamengo tem de melhor. O caso Marcio Araujo é o exemplo maior. Um jogador que apenas marca e só passa a bola para o lado ou para trás é inaceitável no futebol moderno.
Zé Ricardo tem a seu favor o velho ditado que diz "time que está ganhando não se mexe". Ele está ganhando, está sendo coerente e a gente vai aguentando o Márcio Araujo desfilar a sua mediocridade em campo.
O caso do Mancuello é mais complicado, sua entrada muda o esquema de jogo que vem sendo adotado com sucesso.
Zé Ricardo optou por jogar com dois falsos pontas que ajudam na marcação e facilitam a subida do Pará e do Jorge ao ataque. A entrada do Mancuello desfaz essa situação.
Zé Ricardo também teve o mérito de recuperar jogadores que estavam encostados e em baixa com a torcida. É o caso do Pará, do Gabriel e do Fernandinho.
Estou escrevendo depois da vitória por 2 a 1 sobre o Vitória lá no Barradão, um jogo onde o Vitória veio com tudo prá cima de nós e acabou perdendo o seu técnico, demitido após a derrota.
Comentários
Postar um comentário