Precisamos conversar sobre o Dunga

Como era esperado, o time do Dunga foi derrotado pelo Chile por 2 x 0.
Quando liguei a tv, o primeiro impacto veio do horrendo uniforme com que o Brasil se apresentou para jogar. Os calções brancos com as meias azuis e a camisa amarela formam um conjunto de muito mau gosto e eu custo a crer que os estilistas da Nike não consigam fazer algo para melhorar isso.
O segundo impacto foi ver a figura do Hulk em campo com aquele bundão e na condição de titular.
Depois apareceu a figura do Dunga. Um cara raivoso, recalcado, ressentido, mal humorado e totalmente incapaz de transformar aquele grupo de bons jogadores em um time de qualidade.
O que se viu durante o jogo foi um time que não agride, não imprensa o adversário, não tem intensidade e quase nunca tem opções de passe. Os jogadores tentam resolver individualmente e ficam carregando a bola sem objetivo ou fazem cruzamentos para uma área vazia, ao melhor estilo Canteros.
Alguns daqueles jogadores que estavam ontem em campo brilham nos seus times. É o caso do Douglas, do Marcelo, do Daniel, do Elias e até do Luiz Gustavo. Por que vestindo a camisa do Brasil isso não acontece?
Elias, por exemplo, na seleção não passa do meio campo e todos sabem que o que torna o futebol dele especial é sua chegada surpresa na área adversária para concluir ao gol. Dunga parece ter traçado uma linha imaginária da qual o Elias e o Luiz Gustavo não podem passar.
Oscar está muito mal e o Luiz Gustavo passa o jogo empurrando e agarrando os adversários até tomar um cartão amarelo.
Do outro lado, Sampaoli formou um bom time que tem estratégia de jogo, alternativas e quase não foi incomodado pelo ataque brasileiro. O time do Chile é melhor que o do Brasil, mas se formos analisar jogador por jogador a vantagem é do Brasil.
O problema é o Dunga. Um cara atrasado em conceitos modernos de futebol, sem estratégia de jogo coletivo e incapaz de aproveitar o que aqueles jogadores tem de melhor.
Acho que vamos nos classificar sem problemas, até porque se não conseguirmos, o melhor a fazer é fechar as portas.
O mais aconselhável, entretanto, seria escalar jogadores que jogam juntos em seus times. Elias e Renato Augusto, Lucas Lima e Ricardo Oliveira, por exemplo. É a receita do João Saldanha que na eliminatória de 1969 entrou com o time do Santos (o melhor time do Brasil na época) reforçado pelo Gerson e Jairzinho.
Precisamos nos livrar do Dunga.

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