Morreu o violino

Pelo apelido que ganhou do Waldir Amaral, já dá para ter uma ideia do futebol que o cara jogou.
Elegante, cabeça erguida e muita habilidade no trato da bola, ele formou com o Gerson e depois com o Nelsinho, duplas antológicas no meio campo.
Dá muita saudade, principalmente quando vemos que hoje aquela posições são ocupadas por Marcio Araujo e Canteros.
Carlinhos, apesar da função que exercia em campo, nunca foi expulso de uma partida e ganhou o Premio Belfort Duarte. Pensa aí, quantos jogadores hoje conseguiriam ganhar esse premio?
Jogou no Flamengo de 1958 a 1969. e como jogador ganhou o Rio- São Paulo de 1961 e os Cariocas (que naquela época não se pareciam nem um pouco com os de agora) de 1963 e 1965.
Quando parou de jogar, na sua despedida, entregou as chuteiras a um menino de 15 anos, grande promessa do clube: Zico.
Depois virou técnico.
Não é exagero dizer que o Carlinhos foi o maior técnico que o Flamengo teve até hoje. Seu curriculum é brilhante nas várias passagens pelo clube.
Levou o time ao título Brasileiro de 1987 e de 1992.
Ganhou as Taças Guanabara de 1988 e 1989.
Ganhou os Cariocas de 1991, 1999, 2000 e a Taça Mercosul de 1999.
Ele morreu hoje aos 77 anos. Estava com problemas de ácido úrico elevado, problemas circulatórios e precisou colocar pontes de safena.
Não saia da sede do Clube. Estava sempre lá jogando carteado na "Boca Maldita".
Por tudo que fez, foi homenageado pelo clube com a construção de um busto.


 

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