A ombudsman da Folha



Como todos sabem, ombudsman significa representante do cidadão. Vera Guimarães Martins é a atual ombudsman da Folha e, como tal, representa os leitores dentro do jornal.
Pois ela reparou que a Operação Zelotes, como já era esperado, não tem merecido da Folha nenhuma atenção.
Escreveu Vera:
"Só na última quinta(2), uma semana depois do início, a operação galgou a manchete deste jornal.
Um dia após ser deflagrada(27), a Zelote foi o título principal dos concorrentes, mas mereceu na Folha uma chamada modesta. O tema ficou sumido da capa por três dias e voltou ainda menor na terça(31) e na quarta (1º). O furo mais importante até agora, a lista de grandes empresas investigadas, foi obra da concorrência".

"Ainda que movimente enormes somas, um esquema de sonegação fiscal como esse pode não ter o apelo midiático explosivo do escândalo da Lava Jato, que se espraia por partidos e políticos do primeiro escalão da República. É um erro, contudo, menosprezar sua importância. Um dos aspectos mais celebrados do caso Petrobras é que a investigação está atingindo corruptos e corruptores (embora seja difícil saber quem é quem nesse jogo). A punição de quem paga suborno para levar vantagem não é só questão de Justiça, é aspiração de qualquer sociedade que se quer desenvolvida". 
  1. Palmas para a Vera. É isso. Essa é a midia que temos e que precisa ser combatida.
  2. Age como partido político de oposição. Calhorda, golpista, especializada em deturpar os acontecimentos e empenhada em produzir apenas agendas negativas. 
  3. Agora vai começar a propaganda para a manifestação do dia 12 e o Villa, que se intitula "historiador",  já está cuspindo fogo nas páginas do Globo.
  4. O Governo precisa usar com sabedoria o suiçalão e a Zelotes para dar a volta por cima. Os nomes do HSBC saem em conta gotas e nomes ligados à privatizações no Governo FHC já começam a surgir, mas continuo esperando o aparecimento dos nomes dos vigaristas que lucraram com a venda da Telebrás.
  5. É interessante, estou relendo o "A Era Vargas" do José Augusto Ribeiro e fica claro que o Getúlio começou a cair no 2º mandato (50/54) por causa da Petrobrás, da Fábrica Nacional de Motores, das refinarias e do salário mínimo que ele lançou mas que o Dutra congelou durante os 4 anos de mandato (46 a 50). 
  6. Lacerda, militares (principalmente Aeronáutica) e imprensa, representando interesses estrangeiros, não lhe deram trégua.
  7. As coisas agora se repetem, há um projeto no Congresso, do Serra, que tira o restante do "pré sal" das mãos da Petrobrás. Para aprová-lo é preciso jogar a empresa na lona, espalhar ao mundo inteiro que ela não tem condições, que é um antro de corruptos. Estão fazendo isso.
  8. Eu tinha 7 anos quando o Getúlio se matou e 17 quando o Jango foi derrubado. A Dilma está muito abaixo da grandeza política dos dois, mas não quero vê-la cair.
  9. É para isso é preciso um choque de qualidade no governo, como essa indicação do Renato Janine para a Educação. É preciso trazer nomes que sejam inatacáveis. Não li, nem ouvi ninguém contestando essa indicação. Cagada é chamar Kátia Abreu e Kassab.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A floresta da Nanda Costa

Campos Machado