Futebol acabou, já era.

O futebol brasileiro acabou.
É uma constatação que pode ser confirmada assistindo aos jogos do Carioquinha 2015.
O nível técnico é baixíssimo; os caras não conseguem bater escanteio e, muito menos cruzar uma bola na área.
As rendas são fraquíssimas, beiram o ridículo. Domingo passado, Fluminense x Resende foi assistido por 1.700 pessoas.
Quando o jogo tem um pouco mais de apelo e dá uma renda razoável, a FERJ e o Maracanã ficam com as maiores fatias do bolo. No Flamengo X Botafogo, com renda de mais de 2 milhões, o Flamengo levou cerca de 220.000, o Botafogo outro tanto e o Maracanã 450.000.
Fica claro que um negócio desses não vai muito longe. Está falido, já era.
Fuderam com o futebol, assim como já tinham fudido com a música brasileira, o cinema americano, a cidade do Rio de Janeiro e, de um modo geral, com as relações sociais.
Marx dizia que no capitalismo a tendência é tudo acabar virando mercadoria. Aqui no Patropi a galera está caprichando e tome Tiaguinho, Anita, Paula Fernandes. O sinal está fechado para a musica de qualidade; não toca no Faustão, nem nas novelas da Globo. Está tudo dominado.
É claro que num ambiente assim nunca mais vai aparecer um Noel Rosa, um Chico Buarque. Esquece, já era.
Pega a Copa do Mundo, por exemplo.
Eram 8 grupos de 4 países. Por que 12 estádios? Por que não 8 estádios?
Na Copa da Suécia, em 58, o grupo do Brasil era Austria, Inglaterra e Russia. Esse grupo ficou sediado numa cidade chamada Udevalla.
Quando o Brasil avançou às quartas de final, foi para Gottemburgo e fez a final em Estocolmo.
Na Copa do Brasil, a campeã Alemanha estava em Porto Seguro, mas jogou em Poro Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasilia, Manaus, etc....
É claro que não houve nenhuma tentativa de otimização nos trajetos, muito pelo contrário, o negócio é fazer dinheiro. Ganham as companhias aéreas, os Hotéis, os restaurantes, .........
E num ambiente desses dificilmente vai aparecer um novo Zico, um Paulo Cesar Caju, um Tostão.

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