Occupy Rio e São Paulo ?

O Occupy Wall Street é um movimento de protesto e denuncia da impunidade dos responsaveis e beneficiarios da crise mundial.
Faz a denuncia da ganancia empresarial, da desigualdade economica e social, da corrupção e não aceita mais que a conta sempre seja paga pela população, através dos programas de austeridade, dos cortes nas aposentadorias, dos aumentos dos impostos e das demissões em massa de funcionarios publicos.
Se alastrou por outras partes dos Estados Unidos e do mundo.
Estamos vivendo aqui no Brasil uma onda de protestos tambem.
O estopim foi o aumento das passagens de onibus. Mas a revolta é muito maior do que isso.
A Copa do Mundo e essa Copa das Confederações, que começou no sábado, escancararam a putaria que está rolando no país. É inaceitavel a utilização do patrimonio publico ( BNDES, FGTS, FAT, PIS/PASEP)  para a construção desses estadios de futebol. Muitos deles serão elefantes brancos no futuro, por terem sido erguidos em locais onde o futebol é incipiente.
Há proibição para o trabalho de ambulantes e muitas familias foram removidas de locais que são do interesse da especulação imobiliaria.
O país se submete às medidas impostas pela FIFA e, muitas delas entram em conflito com o direito adquirido e a ordem judicial vigente no pais.
Os ingressos são caríssimos, os pobres foram excluidos e não há, em nenhuma dessas novas arenas, local destinado ao torcedor de baixa renda.
Esse protesto dos onibus parece que "pegou", está se alastrando e mostrou que a policia, tanto a do picolé
de xuxu, como a do Sergio Cabral, desrespeitaram a constituição e reprimiram com violencia os primeiros protestos.
Há apoio popular, as pessoas estão a favor. As pessoas estão indignadas com a Presidente que compartilhou o mesmo camarote e cumprimentou efusivamente o Marin, ex-deputado da ditadura, no jogo de abertura da Copa das Confederações.
No Rio, desde 2007, barcas, onibus, metro e trens subiram mais que a inflação. A pedida pela tarifa zero é viavel, mas precisa rever o modelo de concessão atual, bom para o concessionario e ruim para a população.


Há dinheiro para construir estadios pelo Brasil afora mas não há para a educação, para a saude e para minorar o problema da escassez de moradias.
Está sendo dado um grito de basta a essa situação.
Talvez estejamos diante de um momento historico.   

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